A Cruz Vermelha Portuguesa

Missão da Cruz Vermelha Portuguesa
A nossa missão é garantir que ninguém fique para trás, sempre com respeito pelos direitos humanos e princípios de solidariedade. Juntos, transformamos vidas e comunidades, espalhando a força da humanidade.
Aliviar o Sofrimento e Promover a Dignidade em Portugal e no Mundo. Todos os dias.
A Cruz Vermelha Portuguesa esforça-se para prevenir e aliviar o sofrimento humano, em Portugal e no mundo.
Constitui missão da Cruz Vermelha prestar assistência humanitária e social, em especial aos mais vulneraveis, prevenindo e reparando o sofrimento e contribuindo para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana.
[Artigo 5º, Decreto-lei nº 281/2007, 7 de Agosto]
Para o desenvolvimento da nossa actividade, mobilizamos o “Poder da Humanidade”, bem como a generosidade dos doadores e parceiros por todo o país.
Na qualidade de Sociedade Nacional do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, agimos no respeito pelos princípios fundamentais da Humanidade, Imparcialidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e Universalidade.
Princípios Fundamentais
Proclamados em Viena em 1965, os sete princípios fundamentais garantem a coesão do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e o seu trabalho humanitário.
Humanidade
A Cruz Vermelha nasce da preocupação de prestar auxílio a todos os feridos, dentro e fora dos campos de batalha; de prevenir e aliviar o sofrimento humano, em todas as circunstâncias; de proteger a vida e a saúde; de promover o respeito pela pessoa humana; de favorecer a compreensão, a cooperação e a paz duradoura entre os povos.
Imparcialidade
A Cruz Vermelha não distingue nacionalidades, raças, condições sociais, credos religiosos ou políticos, empenhando-se exclusivamente em socorrer todos os indivíduos na medida dos seus sofrimentos e da urgência das suas necessidades, sem qualquer espécie de discriminação.
Neutralidade
A Cruz Vermelha, a fim de conservar a confiança de todos, abstém-se de tomar parte em hostilidades ou em controvérsias de ordem política, racial, filosófica ou religiosa.
Independência
A Cruz Vermelha é independente e, no exercício das suas actividades como auxiliar dos poderes políticos, conserva autonomia que lhe permite agir sempre segundo os princípios do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Voluntariado
A Cruz Vermelha é uma instituição de socorro voluntária e desinteressada.
Unidade
A Cruz Vermelha é uma só. Em cada país só pode existir uma Sociedade, que está aberta a todos e estende a sua acção humanitária a todo o território nacional.
Universalidade
A Cruz Vermelha é uma instituição universal, no seio da qual todas as Sociedades Nacionais têm direitos iguais e o dever de entreajuda.
Um homem. Duas Ideia. Três Componentes. 4 Convenções
José António Marques: O fundador da Cruz Vermelha Portuguesa
José António Marques nasceu em Lisboa a 29 de janeiro de 1822 e faleceu na mesma cidade a 8 de novembro de 1884. Formou-se em Medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa aos 20 anos, destacando-se não só na carreira militar, mas também como jornalista e oftalmologista na medicina civil.
Em agosto de 1864, por nomeação do Rei D. Luís I, representou Portugal na Conferência Internacional de Genebra, onde se discutiu a neutralidade das ambulâncias, hospitais, pessoal sanitário e feridos em tempo de guerra. Dessa reunião resultou a assinatura da I Convenção de Genebra, da qual Portugal foi um dos 12 países signatários.
No ano seguinte, a 11 de fevereiro de 1865, José António Marques fundou a Comissão Portuguesa de Socorros a Feridos e Doentes Militares em Tempo de Guerra, a primeira designação da atual Cruz Vermelha Portuguesa.
Pelos serviços prestados ao país e ao Exército, foi distinguido com várias condecorações, entre as quais a Comenda da Ordem de S. Bento de Aviz, o Grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, além de títulos honoríficos de Leopoldo da Bélgica e Carlos III de Espanha.
No ano seguinte, em 1866, o Professor Doutor José Maria Baldy assumiu a primeira presidência da instituição, consolidando o papel humanitário da Cruz Vermelha em Portugal.
Mais de 160 anos depois, o legado de José António Marques em Portugal continua a inspirar o compromisso com a humanidade e a assistência a quem mais precisa.
Os Emblemas Humanitários
De acordo com as Convenções de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais, o emblema é um símbolo de neutralidade e proteção em conflitos armados. O seu objetivo é proteger feridos, doentes e aqueles que prestam cuidados de forma neutra e imparcial, além de indicar a relação com o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Para garantir a neutralidade e proteção das atividades humanitárias, foram estabelecidos três emblemas reconhecidos internacionalmente:
- Cruz Vermelha: O primeiro emblema, adotado em 1864, é uma cruz vermelha em fundo branco, inversão das cores da bandeira suíça. Ele simboliza proteção, neutralidade e assistência humanitária, independentemente de nacionalidade, raça ou religião.
- Crescente Vermelho: Introduzido em 1876, durante a guerra russo-turca, o crescente vermelho foi adotado por países muçulmanos como símbolo de proteção, mantendo o mesmo significado da cruz vermelha.
- Cristal Vermelho: Criado em 2005, o cristal vermelho surgiu para reforçar a universalidade do Movimento, sendo utilizado em contextos onde os outros emblemas poderiam ser mal compreendidos ou desrespeitados.
Organização
A Cruz Vermelha Portuguesa está organizada de forma a garantir uma resposta eficiente e próxima das necessidades das comunidades locais. A nossa estrutura nacional é composta por três componentes fundamentais: serviços centrais, serviços autónomos e estruturas locais.
Serviços Centrais
Sob a orientação do Presidente e da Direção Nacional, os serviços centrais têm a responsabilidade de implementar as decisões estratégicas e fornecer suporte contínuo às estruturas locais. São o núcleo de apoio e coordenação de toda a nossa rede.
Serviços Autónomos
Estes serviços operam de forma independente, mas sempre alinhados com os estatutos da Cruz Vermelha Portuguesa e com as diretrizes da Direção Nacional, assegurando a execução das atividades de forma eficaz e em consonância com os valores da Organização.
Estruturas Locais
Identificadas mais cerca de 150 delegações ou centros humanitários, estas Estruturas são geridas por equipas autónomas, responsáveis pela implementação das atividades e pelo apoio direto às comunidades nas suas áreas de atuação.
Orgãos Sociais da Cruz Vermelha Portuguesa
PRESIDENTE NACIONAL
Dr. António Manuel Frade Saraiva
VICE-PRESIDENTES
Engº. Fernando Ferreira Santo
Engº. José Miguel Leonardo
Tenente-General Marco António Serronha
Drª. Maria Madalena de Jesus Marques Ramalho
VOGAIS
Dra. Cristina Siza Vieira
Dra. Maria do Carmo Neves
Dr. João Varandas
MEMBROS COOPTADOS PARA INTEGRAREM O CONSELHO SUPREMO
Almirante António da Silva Ribeiro
Dr. Manuel Ramalho
Dr. Pedro Reis
Dr. Pedro Mota Soares
Drª. Fátima Campos Ferreira
Conselho Supremo
- Constituição
a) Ministro da tutela, que tomará parte nas reuniões quando o desejar;
b) Presidente Nacional, António Saraiva;
c) Vice-Presidentes da CVP: Engº. Fernando Ferreira Santo; Engº. José Miguel Leonardo; Tenente-General Marco António Serronha; Drª. Maria Madalena de Jesus Marques Ramalho;
d) Membros cooptados: Almirante António da Silva Ribeiro; Dr. Manuel Ramalho: Dr. Pedro Reis; Dr. Pedro Mota Soares; Dra. Fátima Campos Ferreira;
e) Presidente da Assembleia Geral, Drª Manuela Filipe; d) Secretários da Assembleia Geral, Dr. Fausto Mendonça e Dr. António Pimenta de Castro;
f) Representantes dos departamentos ministeriais (n.º 3 Estatutos CVP)
g) Dois representantes de duas instituições com papel preponderante em actividades de carácter humanitário escolhidas pelo presidente de honra;
h) Delegados regionais;
Conselho Fiscal
Art. 30º dos Estatutos
Presidente
Dr. Francisco Soares
Vogal, ROC
Dr. Vítor Almeida
Vogal
Dr. Ernesto Ribeiro
Responsabilidade e Transparência
Na Cruz Vermelha Portuguesa, uma das principais preocupações é garantir a gestão eficiente e transparente dos donativos. Trabalhamos diariamente para minimizar os custos de operacionalização, administração e despesas gerais, assegurando que a maior parte dos recursos seja direcionada para aqueles que mais necessitam.
Através da otimização de recursos, consolidação de operações e redução de despesas, conseguimos maximizar o impacto das nossas ações. Um exemplo disso é o envolvimento de mais de 5 mil voluntários, que são fundamentais para a nossa missão.
Neste portal online, disponibilizamos relatórios de contas anuais, devidamente auditados, para garantir total clareza e confiança.
O custo da gestão operacional, alinhado com as políticas da IFRC, é estimado em 15%. Estas despesas são essenciais para garantir o bom funcionamento da nossa Instituição e a capacidade de ajudar o maior número possível de pessoas em situação de crise. Para cada 1€ doado, 0,85€ são diretamente utilizados em iniciativas e projetos que fazem parte da nossa missão humanitária, especialmente no apoio aos mais vulneráveis.
Conheça os números do nosso impacto
+70mil
Pessoas assistidas na área da Emergência
+1500
Pessoas atendidas na área da Saúde
+20mil
Pessoas formadas na área da Formação
+120mil
Pessoas apoiadas na área do Social